O divórcio pode ser um processo estressante e desafiador, especialmente quando as emoções estão elevadas e a comunicação é difícil. Infelizmente, muitas pessoas cometem erros durante o processo que podem afetar negativamente a vida delas a longo prazo. Neste artigo, vamos explorar os maiores erros que as pessoas cometem durante a separação.
1) Fazer Acordo Verbal
Um dos equívocos mais comuns que as pessoas cometem durante um divórcio é não fazer um acordo escrito. Quando um casal decide se separar, pode ser tentador resolver tudo "de boca" e evitar os custos e o estresse de contratar um advogado ou de comparecer a um tribunal. No entanto, essa pode ser uma decisão perigosa que pode levar a consequências desagradáveis no futuro.
Um acordo escrito é a melhor maneira de garantir que todas as questões sejam resolvidas de forma justa e clara. Isso inclui a divisão de bens, a pensão alimentícia e a guarda dos filhos. Também pode incluir cláusulas que prevejam eventos futuros, como um aumento na renda de um dos ex-cônjuges ou a mudança de cidade.
Ao não ter um acordo escrito, um casal deixa muitas questões em aberto e à mercê de possíveis problemas futuros. Por exemplo, se um casal faz um acordo verbal para dividir as dívidas, mas um dos ex-cônjuges não paga, o outro pode ser responsável por toda a dívida. Além disso, sem um acordo escrito, a interpretação do que foi acordado pode ser diferente entre as partes envolvidas.
Outra questão importante é que o acordo verbal não tem validade legal. Isso significa que se uma das partes mudar de ideia ou decidir não cumprir sua parte do acordo, não há nada que possa ser feito legalmente. Um acordo escrito pode ser apresentado a um tribunal e é legalmente vinculativo, o que significa que ambas as partes são obrigadas a cumprir suas obrigações.
Fazer um acordo escrito pode parecer um processo demorado e caro, mas pode economizar tempo e dinheiro no futuro. Um advogado especializado em direito de família pode ajudar a redigir um acordo que seja justo para ambas as partes. Além disso, ajudará a evitar futuras disputas legais, que podem ser muito caras e estressantes.
2) Contratar o mesmo advogado
Uma das principais razões pelas quais um casal não deve compartilhar um advogado durante um divórcio é que os interesses de cada cônjuge podem ser conflitantes. Por exemplo, a divisão de bens e a pensão alimentícia são questões que afetam diretamente a vida financeira de cada cônjuge, e é improvável que ambos tenham as mesmas expectativas em relação a essas questões. Além disso, questões como a guarda dos filhos podem ser emocionalmente complicadas, e um advogado que represente ambos os cônjuges pode não ser capaz de fornecer aconselhamento imparcial.
Ele também não será capaz de fornecer aconselhamento jurídico adequado e personalizado. Cada cônjuge pode ter preocupações e necessidades específicas que precisam ser abordadas no processo de divórcio.
Por fim, a contratação de um advogado para representar ambos os cônjuges pode levar a desentendimentos desnecessários e a um processo de divórcio mais demorado. Cada cônjuge pode precisar de tempo para discutir questões e fazer escolhas importantes. Quando um advogado representa ambos os cônjuges, pode haver atrasos na comunicação e na tomada de decisões, o que pode levar a um processo de divórcio mais longo e desgastante.
Quando se trata de um processo de divórcio, contratar um advogado é uma escolha essencial. No entanto, muitas vezes as pessoas fazem a escolha errada ao contratar um advogado generalista, ao invés de um especializado em direito de família. Isso pode levar a muitos problemas no processo de divórcio e pode até mesmo afetar negativamente a vida das partes envolvidas no longo prazo.
Em primeiro lugar, um advogado generalista pode não ter a experiência necessária para lidar com casos de divórcio de forma eficaz. O direito de família é uma área complexa que abrange uma ampla variedade de questões, desde a guarda de crianças até a divisão de bens. Um advogado generalista pode não ter o conhecimento necessário para entender completamente todas as nuances dessas questões e não será capaz de fornecer aconselhamento adequado e personalizado.
Além disso, ele pode não estar atualizado sobre as leis e regulamentos relacionados ao direito de família. As leis e regulamentos nesta área mudam frequentemente e um advogado especializado em direito de família estará informado sobre essas mudanças.
Por fim, contratar um advogado generalista pode ser uma escolha mais cara a longo prazo. Um advogado que não é especializado em direito de família pode precisar de mais tempo para se familiarizar com o caso, o que pode resultar em custos mais elevados.
4 - Não contratar um advogado de confiança.
O advogado deve ser uma pessoa da sua confiança. Você precisa gostar da forma como o advogado trabalha, de como atende os clientes e como ele cumpre os prazos. Você precisa pedir informações sobre o processo ou ele te manda relatórios? Ele vai ao fórum frequentemente obter informações e diligenciar sobre os processos ou não? Tenha em mente que um escritório de advocacia sério jamais vai te deixar manter contato somente com os estagiários.
Patrícia Mattos é advogada, especialista em Direito de Família e Sucessões e em Direito das Crianças Autistas e com atuação humanizada e transparente. É advogada do escritório Patrícia Mattos Advocacia e Consultoria Jurídica, com atuação presencial na cidade de Curitiba, Estado do Paraná.
Através do atendimento online, presta consultorias e acompanha processos em todos os estados do Brasil.
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