A violência psicológica é uma forma de abuso que afeta a saúde mental, emocional e comportamental de uma pessoa. Diferentemente da violência física, que deixa marcas visíveis, a violência psicológica é mais sutil e muitas vezes ocorre em níveis subjetivos, tornando-se difícil de ser detectada, sendo difícil que a vítima perceba a situação de vulnerabilidade na qual se encontra.
É uma forma de violência que pode ocorrer em diversos contextos, como relacionamentos afetivos, no ambiente de trabalho, na educação, nas redes sociais e em outros espaços da vida cotidiana.
A violência psicológica pode ser definida como o uso de palavras, gestos, comportamentos ou atitudes que têm como objetivo ferir, intimidar, humilhar, manipular ou controlar outra pessoa. Ela pode ser perpetrada por uma pessoa individualmente ou por um grupo de pessoas, e pode ocorrer tanto em situações pontuais quanto de forma sistemática ao longo do tempo. A violência psicológica pode assumir muitas formas, tais como:
Humilhação e depreciação: Isso inclui insultos verbais, apelidos depreciativos, sarcasmo, ridicularização e menosprezo. Pode também envolver gestos e expressões faciais que têm como objetivo humilhar a outra pessoa, diminuindo sua autoestima e autoconfiança.
Isolamento social: Isolar a pessoa de seu círculo social, seja ele familiar, de amizade ou de trabalho, é outra forma de violência psicológica. Isso pode incluir proibir ou limitar o contato com amigos, familiares ou colegas de trabalho, controlar a forma como a pessoa se veste, restringir sua liberdade de locomoção, ou mesmo espalhar rumores ou fofocas para afastá-la de outras pessoas.
Ameaças e intimidação: Ameaçar a pessoa com violência física, emocional ou intimidá-la através de gestos, olhares, tom de voz ou postura corporal, também é uma forma de violência psicológica. Essas ameaças podem gerar medo e ansiedade na vítima, levando-a a sentir-se insegura e impotente.
Controle e manipulação: Controlar e manipular os pensamentos, sentimentos, ações e decisões da pessoa é outra forma de violência psicológica. Isso pode ocorrer através do uso de chantagem emocional, coerção, manipulação psicológica, controle financeiro, ou através de abuso de poder em relacionamentos assimétricos, como relações de trabalho ou de dependência financeira.
Desvalorização e invalidação: Desvalorizar os sentimentos, opiniões, necessidades e experiências da pessoa, ignorando ou invalidando suas emoções, é outra forma de violência psicológica. Isso pode incluir minimizar seus sentimentos, negar sua realidade, culpar a vítima pelo abuso sofrido, ou fazer com que ela duvide de si mesma e de sua sanidade.
Os efeitos da violência psicológica podem ser profundos e duradouros. A vítima pode experimentar uma série de consequências emocionais, como ansiedade, depressão, baixa autoestima, medo e desespero.
Por isso, a pessoa que é agredida deve denunciar, pois a Lei Maria da Penha prevê uma série de medidas de proteção à mulher vítima de violência psicológica, como a criação de centros de referência de atendimento à mulher, a garantia de acompanhamento psicossocial, o afastamento do agressor do lar, o estabelecimento de medidas protetivas de urgência, a concessão de medidas cautelares, entre outras.
A legislação também prevê a responsabilização dos agressores, com a possibilidade de medidas punitivas. Você já teve o seu psicológico agredido alguma vez? Conte-nos nos comentários.
Patrícia Mattos é advogada, especialista em Direito de Família e Sucessões e em Direito das Crianças Autistas e com atuação humanizada e transparente. É advogada do escritório Patrícia Mattos Advocacia e Consultoria Jurídica, com atuação presencial na cidade de Curitiba, Estado do Paraná.
Através do atendimento online, presta consultorias e acompanha processos em todos os estados do Brasil.
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