Pular para o conteúdo principal

Violência Psicológica: um impacto devastador.



A violência psicológica é uma forma de abuso que afeta a saúde mental, emocional e comportamental de uma pessoa. Diferentemente da violência física, que deixa marcas visíveis, a violência psicológica é mais sutil e muitas vezes ocorre em níveis subjetivos, tornando-se difícil de ser detectada, sendo difícil que a vítima perceba a situação de vulnerabilidade na qual se encontra.

É uma forma de violência que pode ocorrer em diversos contextos, como relacionamentos afetivos, no ambiente de trabalho, na educação, nas redes sociais e em outros espaços da vida cotidiana.

A violência psicológica pode ser definida como o uso de palavras, gestos, comportamentos ou atitudes que têm como objetivo ferir, intimidar, humilhar, manipular ou controlar outra pessoa. Ela pode ser perpetrada por uma pessoa individualmente ou por um grupo de pessoas, e pode ocorrer tanto em situações pontuais quanto de forma sistemática ao longo do tempo. A violência psicológica pode assumir muitas formas, tais como:

  1. Humilhação e depreciação: Isso inclui insultos verbais, apelidos depreciativos, sarcasmo, ridicularização e menosprezo. Pode também envolver gestos e expressões faciais que têm como objetivo humilhar a outra pessoa, diminuindo sua autoestima e autoconfiança.

  2. Isolamento social: Isolar a pessoa de seu círculo social, seja ele familiar, de amizade ou de trabalho, é outra forma de violência psicológica. Isso pode incluir proibir ou limitar o contato com amigos, familiares ou colegas de trabalho, controlar a forma como a pessoa se veste, restringir sua liberdade de locomoção, ou mesmo espalhar rumores ou fofocas para afastá-la de outras pessoas.

  3. Ameaças e intimidação: Ameaçar a pessoa com violência física, emocional ou intimidá-la através de gestos, olhares, tom de voz ou postura corporal, também é uma forma de violência psicológica. Essas ameaças podem gerar medo e ansiedade na vítima, levando-a a sentir-se insegura e impotente.

  4. Controle e manipulação: Controlar e manipular os pensamentos, sentimentos, ações e decisões da pessoa é outra forma de violência psicológica. Isso pode ocorrer através do uso de chantagem emocional, coerção, manipulação psicológica, controle financeiro, ou através de abuso de poder em relacionamentos assimétricos, como relações de trabalho ou de dependência financeira.

  5. Desvalorização e invalidação: Desvalorizar os sentimentos, opiniões, necessidades e experiências da pessoa, ignorando ou invalidando suas emoções, é outra forma de violência psicológica. Isso pode incluir minimizar seus sentimentos, negar sua realidade, culpar a vítima pelo abuso sofrido, ou fazer com que ela duvide de si mesma e de sua sanidade.

Os efeitos da violência psicológica podem ser profundos e duradouros. A vítima pode experimentar uma série de consequências emocionais, como ansiedade, depressão, baixa autoestima, medo e desespero.

Por isso, a pessoa que é agredida deve denunciar, pois a Lei Maria da Penha prevê uma série de medidas de proteção à mulher vítima de violência psicológica, como a criação de centros de referência de atendimento à mulher, a garantia de acompanhamento psicossocial, o afastamento do agressor do lar, o estabelecimento de medidas protetivas de urgência, a concessão de medidas cautelares, entre outras.

A legislação também prevê a responsabilização dos agressores, com a possibilidade de medidas punitivas. Você já teve o seu psicológico agredido alguma vez? Conte-nos nos comentários.


Patrícia Mattos é advogada, especialista em Direito de Família e Sucessões e em Direito das Crianças Autistas e com atuação humanizada e transparente. É advogada do escritório Patrícia Mattos Advocacia e Consultoria Jurídica, com atuação presencial na cidade de Curitiba, Estado do Paraná.

Através do atendimento online, presta consultorias e acompanha processos em todos os estados do Brasil.

Siga-nos nas redes sociais, pois sempre postamos muitos conteúdos esclarecedores.

 👇Entre em contato conosco 👇

   linktr.ee/patriciamattosneo



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Os Maiores Erros Que As Pessoas Cometem na Hora da Separação. Atualizado em 2023

O divórcio pode ser um processo estressante e desafiador, especialmente quando as emoções estão elevadas e a comunicação é difícil. Infelizmente, muitas pessoas cometem erros durante o processo que podem afetar negativamente a vida delas a longo prazo. Neste artigo, vamos explorar os maiores erros que as pessoas cometem durante a separação. 1) Fazer Acordo Verbal  Um dos equívocos mais comuns que as pessoas cometem durante um divórcio é não fazer um acordo escrito. Quando um casal decide se separar, pode ser tentador resolver tudo "de boca" e evitar os custos e o estresse de contratar um advogado ou de comparecer a um tribunal. No entanto, essa pode ser uma decisão perigosa que pode levar a consequências desagradáveis no futuro. Um acordo escrito é a melhor maneira de garantir que todas as questões sejam resolvidas de forma justa e clara. Isso inclui a divisão de bens, a pensão alimentícia e a guarda dos filhos. Também pode incluir cláusulas que prevejam eventos fut

Divórcio Litigioso com Partilha de Bens: Superando os Desafios e Alcançando uma Resolução Justa

           O divórcio é uma decisão difícil e dolorosa para um casal que enfrenta o fim de seu relacionamento. Quando essa separação envolve a partilha de bens, o processo se torna ainda mais complexo e desafiador. O divórcio litigioso com partilha de bens pode levar a disputas legais prolongadas, tensões emocionais elevadas e um desfecho incerto para ambas as partes envolvidas. O litígio ocorre quando não há acordo mútuo entre o casal em relação à divisão dos bens adquiridos durante o casamento. Nesses casos, é comum que cada cônjuge busque o auxílio de um advogado para proteger seus interesses e negociar em seu nome. O objetivo é alcançar um acordo justo sobre a divisão dos bens, mas nem sempre isso é possível sem a intervenção de um tribunal. Um dos principais desafios do divórcio litigioso com partilha de bens é a determinação do patrimônio a ser dividido. Isso inclui bens imóveis, veículos, investimentos, contas bancárias, negócios conjuntos e qualquer outro ativo adq

Aluguel entre irmãos no inventário. Como funciona e os aspectos legais a serem considerados.

           O processo de inventário, que ocorre após o falecimento de uma pessoa, pode envolver diversos aspectos complexos, especialmente quando se trata de imóveis. Neste artigo, discutiremos como funciona o aluguel entre irmãos (herdeiros) no inventário e quais os aspectos legais a serem considerados.     Quando há irmãos herdeiros, é comum que surjam várias dúvidas acerca dos bens deixados pelo falecido. Se ocorrem brigas e desavenças entre os herdeiros, ocorrem atrasos no processo de inventário que acabam por causar muitos transtornos financeiros e psicológicos.       Mas afinal de contas, o que é inventário? O inventário é o procedimento legal pelo qual os bens deixados por uma pessoa falecida são divididos entre os seus herdeiros. No Brasil, o inventário pode ser feito de forma judicial e extrajudicial, dependendo das circunstâncias do caso concreto. Durante o inventário, os imóveis herdados podem ficar em um estado de indefinição quanto ao uso, o que pode levar os irmãos herdei